sábado, 7 de janeiro de 2012

Pedro Tamen

Ouves, meu amor, água que brotou
no côncavo da pedra que a tua mão marcou?

Ouves, meu amor, o passo do veado
correndo no caminho que só por nós pisado?

Entendes, meu amor, a voz que fala agora
do tempo que esperou, da lenda e só demora?

Já era onde nós somos a nossa paz presente.
Só nós encontrámos nela e agora é que sente.

Alumiam-se as noites, Deméter aparece,
tu sentas-te a meu lado e o trigo reverdece,

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